Merge Labs: o novo projeto cerebral da OpenAI que desafia Elon Musk

Publicado por: FeedNews
28/10/2025 04:47:27
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“A equipe da Merge Labs pretende usar ultrassom e campos magnéticos para interpretar sinais cerebrais — imagem ilustrativa de ultrassom cerebral (foto/reprodução)” / Ideia
“A equipe da Merge Labs pretende usar ultrassom e campos magnéticos para interpretar sinais cerebrais — imagem ilustrativa de ultrassom cerebral (foto/reprodução)” / Ideia

O projeto promete decodificar sinais cerebrais em tempo real — e iniciar uma nova era de comunicação humano-máquina.


O CEO da OpenAI, Sam Altman, está financiando a Merge Labs, uma nova aposta em interfaces cérebro-computador (BCI) com foco em tecnologias não invasivas. Em vez de eletrodos implantados cirurgicamente, a Merge pretende usar ultrassom (e possivelmente campos magnéticos) para detectar e interpretar atividade neural, numa linha de “modo de leitura” que não exige cirurgia. The Verge+1

 

Relatos recentes indicam que a empresa busca US$ 250 milhões em captação (com avaliação próxima de US$ 850 milhões), com participação do braço de venture da OpenAI e outros investidores. 

 

Um dos nomes-chave ligados ao projeto é Mikhail Shapiro (Caltech), referência em métodos de interação com o cérebro via ultrassom — linha de pesquisa que inclui tornar células responsivas ao som, ampliando a possibilidade de estimular/monitorar neurônios sem danificar tecido. A indicação do Shapiro aponta a direção técnica desejada pela Merge. 

 

A visão “somente leitura” ecoa declarações de Altman sobre preferir uma interface que permita “pensar algo e a IA responder”, evitando implantes invasivos, e colocando a Merge como contraponto à Neuralink (de Elon Musk), hoje referência em BCI implantável. 

 

O que falta saber — e os desafios pela frente:


Viabilidade técnica: decodificar com precisão pensamentos/intenção a partir de sinais ultrassônicos é um objetivo ambicioso ainda em pesquisa. 


Regulatório e ética: privacidade mental, segurança do usuário e auditoria de algoritmos serão temas centrais antes de qualquer produto comercial. 


Concorrência: a Neuralink mantém vantagem em testes com implantes e capital, enquanto outras empresas (Synchron, Precision Neuroscience) exploram caminhos alternativos. 

 

Em resumo: a Merge Labs busca uma BCI não invasiva baseada em ultrassom/campos magnéticos, com financiamento robusto e talentos acadêmicos. A promessa é poderosa — “ler” sinais do cérebro sem cirurgia —, mas transformar isso em produto confiável exigirá avanços científicos, validação clínica e marcos regulatórios claros. 

 

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Próximo conteúdo: “BCI sem cirurgia: o que exatamente o ultrassom ‘enxerga’ no cérebro — e quais limites existem hoje?”

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