Exame de sangue pode detectar câncer em pessoas sem qualquer sintoma

Publicado por: Editor Feed News
30/12/2022 01:59 PM
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Cortesia Editorial Pixabay
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Uma análise de sangue pode vir a detetar até 50 tipos de câncer em pessoas ainda não diagnosticadas e sem sintomas da doença.

 

Segundo os resultados de uma investigação apresentada este fim-de-semana no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Paris.

 

O estudo, coordenado pela oncologista Deborah Schrag, apresenta-se como pioneiro no diagnóstico precoce de cancro, através de um teste que deteta se há presença no sangue de DNA tumoral circulante, derivado do tumor e presente na corrente sanguínea mesmo antes de haver sintomas da doença nos pacientes.

 

A investigação, realizada por oncologistas do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering (MSKCC, na sigla em inglês) de Nova Iorque, baseia os seus resultados numa análise de sangue realizada em 6621 pessoas com mais de 50 anos sem diagnóstico de cancro ou sintomas da doença.

 

Praticamente 99% do universo testado teve resultado negativo, ou seja, não tinha sinais de câncer, enquanto em 1,4% foram detetados sinais da doença. Ainda assim, entre esses 1,4% apenas 38% viu confirmado o diagnóstico num teste posterior.

 

Com estes resultados, os oncologistas entendem que a detecção precoce do câncer, com um simples teste de sangue abre uma nova era para despistar a presença da doença e melhorar as taxas de mortalidade por câncer,, assim como a morbilidade, mas não a incidência.

 

Os especialistas defendem que 38% de resultados positivos naqueles pacientes é uma percentagem “boa” e um passo importante para a deteção precoce com esta ferramenta, enquanto o fato de o teste ser capaz de detetar 99% de resultados negativos supõe uma “excelente” taxa e demonstra a capacidade do teste em descartar a presença do tumor.

 

Não se sabe, no entanto, se alguma das seis mil pessoas que tiveram um resultado negativo nesta experiência foi diagnosticada mais tarde com algum tumor. Os cientistas garantem que vão acompanhar os participantes do estudo e dentro de aproximadamente um ano vão voltar a realizar testes para conseguir tirar mais conclusões sobre a eficácia desta ferramenta de diagnóstico.

 

Depois do teste positivo levou, em média, menos de dois meses a confirmar o diagnóstico, em caso de confirmação de câncer,, e cerca de três meses, quando o diagnóstico não se confirmou, sobretudo porque os médicos optaram por fazer estudos de imagem e repeti-los uma segunda vez meses mais tarde.

 

Uma desvantagem do teste é que os falsos positivos podem levar a uma série de procedimentos invasivos para o paciente, como endoscopias ou biópsias, mas poucos participantes no estudo os requereram.

 

Isso deve ajudar a dissipar a preocupação de que estes testes possam causar dano ao originar procedimentos desnecessários em pessoas que se encontram bem.

 

Os oncologistas sublinham também a importância deste tipo de teste para o diagnóstico de câncer, como o do pâncreas, do intestino delgado, da garganta ou do estômago, para os quais não existem opções de rastreio generalizadas.

Editado por Mike N.

Com informações da Agência Lusa

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